ECONOMÍA SOCIAL Y SOLIDARIA EN URUGUAY: MAPEO CUANTITATIVO

Resumo

O objetivo do artigo é apresentar os dados do mapeamento quantitativo das diferentes experiências que compõem o campo da Economia Social e Solidária (ESS) no Uruguai contemporâneo. Discute-se e define-se concetualmente a diferença entre "a economia" e "o económico", procurando uma perspetiva teórica que permita compreender as experiências de economia solidária estudadas. Metodologicamente, recorre-se à sistematização, atualização e geração de nova informação a partir de inquéritos, complementada com entrevistas semi-estruturadas a organizações de representação e articulação de segundo e terceiro grau. Os resultados empíricos mostram a relevância do sector da ESS, bem como a heterogeneidade das experiências e estruturas organizativas que o compõem. Por um lado, encontramos um subsector da Economia Social constituído pelo movimento cooperativo. Este tem vindo a consolidar-se há mais de um século, com mais de um milhão de membros, que constituem cerca de duas mil cooperativas. Estas estão organizadas numa dezena de federações de acordo com a sua modalidade e, juntamente com outras organizações, formam uma Confederação e co-gerem as políticas públicas através do Instituto Nacional do Cooperativismo. Por outro lado, o subsector da Economia Solidária é muito mais heterogéneo nas suas formas de organização. Estima-se que existam pelo menos treze mil associados e pelo menos mil coletivos articulados em cerca de vinte redes, coordenadorias, comissões, feiras, espaços de troca e permuta. Para além da magnitude empiricamente demonstrada do fenómeno, as experiências mapeadas permitem-nos repensar as nossas configurações socioeconómicas para além do mercado.