CRIAR PONTES ENTRE O SOLIDÁRIO E O MERCANTIL: RISCOS E BENEFÍCIOS DE UM TRABALHO COLABORATIVO
DOI:
https://doi.org/10.35869/ces.v0i44.4375Palabras clave:
Economia Social, Sustentabilidade, Parcerias, Cidadania OrganizacionalResumo
A sustentabilidade é um objetivo inadiável de organizações solidárias, enquadradas no setor da Economia Social. O reduzido nível de intervenção social do Estado e as elevadas desigualdades de rendimento e fragilidade da sociedade civil perpetuam altos níveis de pobreza. Para tornar a sustentabilidade uma meta alcançável, e estribado num estudo de caso múltiplo, o artigo argumenta que as organizações solidárias podem posicionar-se como beneficiárias dos ativos disponibilizados por entidades mercantis, através de programas de cidadania organizacional. Os benefícios potenciais são, porém, acompanhados por riscos de que as organizações solidárias devem estar preparadas para minimizar ou eliminar. Com este quadro em mente, o artigo procura desconstruir o tradicional cisma axiomático entre o universo com fins lucrativos e sem fins lucrativos e propõe que parcerias entre organizações de âmago tão distinto possam ser mutuamente benéficas.